Não quero nada
Eu queria tanto saber do teu encanto
Olhar para tuas partes escutar as batidas
Daquele que em ti sabe amar e daquela que
Em mim busca a cura dos nossos prantos.
Desejo arduamente sentir a voz do amor
Cumprindo a razão que outrora despejei fora
Sem saber que o sabor acre que eu sentia
Era parte daquilo que conjugamos em torpor.
Busco em vida a essência de teus versos
As falsidades verossímeis de tuas linhas
Decifrarem-te entre teus dedos e folhas
Conhecer um pouco mais de mim, e de nossos uni-versos.
Preciso compreender que sem você não sei viver
Desejo terminar essas linhas em teu espaço
Para mostrar que nessa estória só sei fazer Ser
E privada de teu mundo sequer posso morrer.
(Emilia Ract)