AMARGO SABOR

Esculpindo na fina e branca areia,

Os sonhos inebriados de emoção,

Veio à memória a semelhança,

Do seu corpo revestido de paixão,

Onde a tola mente devaneia,

Trazendo-me sua doce lembrança,

No pequeno rio desta aldeia!

Saudades do tempo de outrora,

Em que o amor nos outorgava,

A liberdade da bela autenticidade,

Sentindo o amor com vontade,

Na sua meiga e inflamada carícia,

Sem máscaras e sem maldade,

Nos ciclos da intrépida aurora,

Realeza da nossa supremacia!

Sentimentos que se esvaíram,

Deixando o luto deste louco amor,

Sinto o fel da sombria desilusão,

Dilacerando meu funesto coração,

Cravando o sentimento da dor,

Que os deuses coibiram,

Nas frias areias do rio da aldeia!

Zizi Santos
Enviado por Zizi Santos em 05/06/2010
Reeditado em 06/06/2010
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