Saudade delirante

Saudade que me faz delirar

Eis que hoje acordei mais cedo;

Eram umas sete horas, talvez...

Ao meio dia olhei no relógio e,

As horas demoravam-se passar.

Não sei o que está acontecendo

Comigo, mas uma terrível solidão

Chegou de vez para me atormentar.

Hoje não sinto fome e nem sede.

Arrumo-me e saio para caminhar.

Ando sem rumo por ruas extensas

Até meu corpo não mais agüentar.

Cansado, eu paro e abro os braços.

Uma brisa suave bate em meu corpo,

E inadvertidamente começo chorar.

Fecho os olhos e braços, abraço-me,

Você não estava lá. Abro lentamente

Os olhos, olho para cima e vejo um

Casal de Andorinhas felizes a voar.

Bestificado com tamanha beleza,

Acabo invejando esta grande obra

Da Natureza a ponto de me fazer sonhar.

Poucos minutos haviam se passado.

Minutos que me pareciam anos.

Agora eu sei que isso tudo é culpa

Dessa saudade que assola em meu

Peito fazendo-me delirar.

Mesmo a quilômetros de distância,

Onde quer que você esteja, jamais

Deixarei de te amar. Que o brilho do

Sol que nos ilumina, nos faça felizes

Assim como estas lindas Andorinhas

Que aqui agora passam a voar.

(By Edilmar Lima)

Dezembro de 2005

Edilmar Lima
Enviado por Edilmar Lima em 12/09/2006
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