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Lembranças que me assaltam...
Seja dia ou noite
Relembro teu jeito matuto
A trabalhar a terra com o arado
Teu corpo franzino
De estatura elevada...
Nunca se dava por vencido...
Ias à luta com coragem
Trabalhavas de sol a sol...
Para o sustento a família dar...
Não fraquejava...
Mas a luta se agarrava...
Ensinado os seus...
A ser honrados
Comias feijão e arroz
Que com suas mãos plantavam...
Era o trabalhador valente..
Que a terra arava
Os bois iam à frente
Guiados por tua voz
As mãos calejadas se firmavam
No cabo que seguravas...
E quando a noite chegava
Reunia os filhos, à beira de uma fogueira...
Contavas histórias, enquanto olhavam as estrelas
Que lá nos altos céus, junto a lua brilhavam
O descanso se fazia, ao contemplar tal beleza
Das noites enluaradas
E então se recolhiam...
Para mais um dia, de jornada enfrentar!
Hoje estas lembranças vivem em mim...
Ensinou-nos tanto, na sua simplicidade...
Ser humilde e ter dignidade...
Isso às vezes não acontece aos que se assentam...
Num Banco de Faculdade!
Rosemira R.Silva (Rosa D Saron)
02/02/2010