Caixinha de Recordações
Há muito tempo está a caixa encerrada.
Mas é hoje que a vou abrir sem tormento ?
Talvez me sinta de novo amargurada
E a longínqua saudade venha com o vento.
Quanto tempo é que terá já passado ?
Como foi ? Consegui resistir à dor !
Quando um jovem coração é destroçado
O sangue e a vida perdem todo o calor !
Assim pensando esta caixa vou abrindo …
Uma a uma, as lembranças estão surgindo
Numa ânsia grande – enorme ! – e dolorosa …
Minha caixinha não devia abrir !
Pobre de mim ! Não mais tornarão a vir
Aqueles meus primeiros sonhos cor-de-rosa !