Saudade...

Pensar em saudade...Verdes e aglutinados planos... Seres, em tons castanhos.
A saudade treme... Bate... Diz, no grito, às veias deslocadas de uma rebelde causa.
Nós em fitas... As cinco-marias, arrependidas.
Mover a lua...As ruas... As escadarias de um sonho... Ser atitude e guia... Ser, tamanho.
Saudade tem várias falas... Tem aquela que finge esconder-se e, num repente, volta apenas para firma-se em existência... Depois, cansa.
Há aquela dita em poema...Em música dedilhada...
Muitas delas são apenas vontades guardadas... Ao matá-las, mata-se a realidade...
O dizer, de fato, não importa... Vale mesmo o saber andar por entre as farpas... Faltas.
Saudades das ventanias... Do dormir sempre em pétalas e acordar envolta de dias.
(Isso vira quadro... Arte!).
Mesclo o que sinto e não digo... Para não morrer a cada dia, tal e qual tantas outras marias.
Olho o caleidoscópio de olhos... O simples acariciar de saudade... O ronronar, sem pedir mais nada em troca... Gatos e vidas... Tramas e camas... Ventos e brisa...
Moemos o que criamos... Arrepiamos de saudade... Depois, entregamos, a outros, a nossa metade.


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