ombro amigo

diante de tanta verdade

sobrou um terrível castigo

não era avançada a idade

nem era iminente o perigo

mas o que fazer da saudade?

mantê-la escondida no abrigo,

minar-lhe a expressividade,

tingir-lhe a cor do vestido?

ou ir de cidade em cidade

buscando-lhe um novo sentido?

provar-lhe a intensidade

depois de dizer: “eu não ligo”?

ou satisfazer-lhe a vontade:

chorar no seu ombro amigo?

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 21/12/2010
Código do texto: T2683585
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