Um dia escrevi assim ...

Ilumina esta minha noite,

lembra me que existem outros mundos,

simples rochedos desconhecidos,

onde o castanheiro definha sem raízes,

descansa me o dia,

escurece o mesmo eclipsando toda a luz

buraco negro perpétuo

despojado de sóis incandescestes,

não desejo que me aqueças

nas neves perpetuas de kilimanjaro qualquer,

derrete as se quiseres,

deixando acácias e líquenes

no fogo fátuo de toda a putrefação,

libertando fantasmas, espíritos,

desejo a tua presença, por breves momentos,

saudade,

mesmo que,

pouco depois,

te transformes em tsunami imparável,

colossal, terminal,

arrancando esta alma com violência,

num único impulso,

sem piedade,

possuindo a,

então,

apenas uma frase deixarei,

afinal vivi…

Apenas que o impar 2011, seja imparável para todos os que escrevem por aqui, e que o mar cante para cada um individualmente;

“ As ondas quebravam uma a uma

eu estava só com a areia e com a espuma

do mar que cantava só para mim”

(Sophia de Mello Breyner Andressen Antologia Mar)

Toda a Luz….