Socorro...Papai.

Só nos meus sonhos da noite, posso às vezes vislumbrá-lo...como há duas noites assim sucedeu, vi teu tênue andar, tua alegre proteção, jorrando sobre mim cheio de sofreguidão...

Ah papai socorro, as injustiças são tantas, elas escorrem como lava vulcânica,sobre o meu corção ainda juvenil, isso pois não tem idade para a jovialidade da alma, da fé, do amor, e mesmo do corpo...

Ah papai, socorro, estou no mundo superaquecido, de efeitos estufas desmedidos, e meu gangote está morno neste último verão...que sem ti, então, é como uma navalha na carne...

Tua mão e teu conselho, estão distantes do meu zêlo e a cada dia que passa, mais séria é minha dor, parece fisgada, ou facada, que profundamente esvái minha alma.

Socorro papai, eu não tenho mais fé, na vida, sou uma profunda ferida de amargor...e destemor, visto que, agora, meus medos, e receios...são apenas...hostilidade...ao Homem, que mata!

Esquartejada, cá estou, meu viço, é o Palco, que me acalenta, a cada representação...

Socorro papai, estou aqui, só jazendo.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 22/02/2011
Código do texto: T2809008
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