NEM TUDO PASSA

Vão-se os dias! O tempo passa ... Saudade, não.

Lembranças não se apagam da mente

da gente.

O último suspiro sustou a vida, sem volta ou senão.

Ainda irrompem doces memórias na gente

carente.

O presente gigante se amiúda e o futuro se torna anão.

Já, o passado, não; retorna num repente,

crescente.

Impotente, a gente se sente só e órfã em pranto vão.

Corpo não há, nem há face do ente,

ausente.

Resta a imagem e o legado nas lágrimas e no coração.

O lenço corre e não absorve a dor persistente,

plangente.

Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 14/04/2011
Reeditado em 29/05/2011
Código do texto: T2909638
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