RASGADO E ESQUECIDO

Escrevi seu nome
em um pedaço de papel de pão,
quando a saudade se transformou
em dor,
amassei e jogei no chão.

Aprendi que lagrimas
não te trazem nas ondas
do mar
e nesta areia que me acomoda
medito olhando o céu  que me fez
te amar.

Saudade existe,
o vazio que sua voz
deixou no silencio
da paixão, explodiu
na ausencia
de momentos que vivemos
em emoção.

Cada pedaço do passado
se desmanchou,
levado pela corrente
imaginaria de um olhar
que em cascatas
carregou na correnteza
lembranças de um retrato manchado,
rasgado e esquecido no
tempo que tempestades de magoas
abandonou a deriva.
 
Rogério Miranda
poeta da paz