Tributo ao Aliança

Quase doido, sem destino

Por baixo do cacaueiro

Meu Aliança corria

Feito um menino trigueiro

Pés descalços, inocente

Dorso nu, só de calção

Eras pra mim, Aliança

Lânguida, doce canção.

Que te importava, criança

Mil seixos em teu caminho?

Se impávido corrias

Mesmo em tempos de estio?

E as moças do lugar

Seminuas, inocentes

Banhavam-se na limpidez

De tuas águas correntes

De longe eu perscrutava

Coração a palpitar

Introspecto não atrevia

Nenhuma delas olhar...

Ainda uma vez, ai quem dera

Ouvir teu rumurejar

Sentir nos braços da moça

Tua canção de ninar!

Olympio Ramos

São Paulo 01/julho/2011

Olympio Ramos
Enviado por Olympio Ramos em 01/07/2011
Reeditado em 03/07/2011
Código do texto: T3068645
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