Canções Perenes

Se cada instante desperta uma canção,

E todos, temos um cais de amor

Flutuando entre versos

E gostos de abandono,

Olhares feridos ou felizes

São vulcões sem largas,

Ruas sem linhas

No fundo das semelhanças.

Se cada instante é um segundo

Que jamais volta no solo da História,

O saudosismo pára na perpetuidade do efêmero.

Complacente com a tristeza

Os momentos mortos

Ficam nas canções, nos vultos

Que se configuram eternos,

Distantes no meio da neblina,

Pela impetuosidade do tempo

O silencio é uma juventude velha.

Jane Krist