Perfídia

Doce como um sonho,

seu sabor púdico, me encantou,

quando pela primeira vez

sua voz doce de menina, me comprimentou.

Eu não entendia aquela situação,

meu pensamento ia longe,

desespero no rosto, foi a emoção

que explicitou minha timidez também pelas mãos.

Ao olhar para baixo,

percebia o sustentar do seu corpo

apenas pelas pontas-dos-pés no chão

para abraçar-me com uma "certa" sustentação.

Sua atenção, me atraía,

seu perfil burlava as barreiras

que meu bom-senso insistia

alimentar, temendo sua perfídia.

Denis Morais Cavalcante
Enviado por Denis Morais Cavalcante em 07/12/2006
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