À MARGEM DA SAUDADE SENTEI E CHOREI
“Corrinha de Vó”, Oxalá Deus ouvisse
Hoje, em mérito, a minha voz
E à plêiade dos anjos se unisse
Para trazer aqui você pra nós!
No caleidoscópio, no vão do tempo,
A tua falta, amiga, não me satisfaz.
Quereria que regredissem os momentos
Que as contingências deixaram pra trás!
Pudéssemos ter, todos, um distintivo
E, no elã do sonho, sermos imortais,
Qualquer coisa análoga, um dispositivo
Pro que fora antes, que agora não é mais!
Mas quero! Vejo uma luz esplêndida
A aureolar o teu cândido rosto!
Catarse?! Em meu peito abre-se a ferida
A expiar, pois, o sentimento deposto!
(à Maria do Socorro Fernandes, IN MEMORIAM, em 28/10/1999)