Quando realmente é adeus

Na boca, o gosto de uma noite fria,

O hálito com cheiro de saudade,

Os olhos ficaram como janelas vazias,

E a vontade...

Não era de chorar, nem gritar

Era de... apenas não existir.

Lá atrás ficaram o sonhos,

Cansados de tão velhos

E os novos ficaram moribundos

Sem vontade de serem sonhados.

O pensamento se fez artesão,

Tecia fragmentos de recordações

Umidecendo com lágrimas

E agilmente formava blocos de solidão

Onde o adeus se deitava comodamente,

E a angustia, se fazia anfitriã

Para a dor que estava chegando,

Devagar, sem nenhuma pressa.

Porque o tempo se arrasta tão lentamente

Para quem um adeus se faz de sempre?

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 11/08/2011
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