De onde vem?
De onde vem esse aperto no meu peito?
Porque essa tristeza que é um misto de dor e lamento?
Uma falta, uma ausência tão grande que me faz oca por dentro?
De onde brotou esse sentimento que me assola o coração e faz desejar mais...?
Querer aquele olhar que leva ao céu do sonho e transforma em mágica cada poesia que componho?
Porque correm as lagrimas, livres por minha face se a saudade me mantém prisioneira no cárcere da solidão?
E a falta daquele abraço esmaga meu peito que já soluça, em comoção.
Ah! Melancolia faz companhia agora a meus ais, silentes, porque lá fora a vida continua seu louco ziguezague entre os ontens de hoje e os amanhãs.
Vejo-me como oceano que brame suas ondas nos penhascos, amando a espuma, enquanto colide com a rocha.
Sinto-me areia revolta ao vento como uma tempestade do deserto de mim, buscando um Oasis perdido, amado, desejado por eras sem fim.
E esse aperto no peito, que faz doer o coração, ou a alma, ou ambos, não sei...
Espero, talvez enquanto passam os minutos escoando os segundos em procissão, chegue a hora, a tão desejada hora do encontro, do sonho, na noite silenciosa, cúmplice de um amor em promessa, de uma paixão.