QUANDO NÃO ESTÁS

Quando não estás, sofro tua ausência,

e caminho sem nexo, neste quarto

que me sujeita, ao mais triste desengano;

forças se me perdem e toda a vontade.

Procuro então no verso mais puro,

trazer-te até mim, lindas flores no cabelo;

e caminhando vens, de sorriso na face,

que a mim muito me encanta e alegra.

Eis então, que quando juntos, a prata

explosão, desencadeia novíssimas vidas,

e os jardins se ataviam, a nossos olhos,

com as cores mais belas, que nos é dado ver.

E este amor, que aqui tento descrever,

tem em nossas pálpebras, um imenso mar,

que a lonjura chama a si e ao vil silêncio,

como redomas de finos e obsoletos cristais.

É contra tudo isso, que devemos lutar,

porque quanto mais longe, mais perto de ti.

Não me queiras, só por instantes,

pedaços de outros tantos pedaços, fugidios.

E assim, a distância a nós, se fará perto,

nas conversas tidas, como fulcral alimento.

Pensa em mim pois, como eu sói fazer,

e as portas se abrirão, num perfeito consenso.

Jorge Humberto

26/08/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 26/08/2011
Código do texto: T3183429
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