NUNCA É O BASTANTE

Seu sorriso espalha estrelas

A energia cósmica da juventude

Estar estampada no vigor

E numa imagem nítida da vida.

A esperança nadando junto

Nos remansos da inocência

Cativando até os solitários

Que por acaso caminham.

Se houver mesmo a eternidade

Este momento será moldurado

Na tela cinza de um belo dia

Na simplicidade de um lugar.

O vento carregando chuviscos

O ronco do motor é semelhante

A uma triste e simplória melodia

Pingos na viseira parecem lágrimas.

Felicidade sem ônus e bônus

Cultuada pelas mãos frágeis

Pelo olhar cansado do tempo

No encontro de duas gerações.

Um nascido de dentro do outro

Um obedecendo às ordens ditadas

Pelos lábios cansados e experientes

Um abraço equilibrando os papéis.

Com a ligação sanguínea em ordem

Pé na estrada e chuva na pista

Felicidade pela alegria infantil

E triste pela saudade da amada.

Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 18/09/2011
Código do texto: T3227098
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