Como a primeira vez

A ausência de qualquer coisa tua me deixa assim

Meio talvez, meio sem sim

De certo, apenas incerto

Ausência de sorriso, da dúvida e incerteza da hora certa

Eu nunca soube a hora certa com você

Tive de reaprender tudo

Reinventar meus medos, curar os teus

Tive de reconhecer caminhos, terrenos

Eu pude ser docemente paciente

Era preciso... E se amanhã você não estivesse?

Qualquer ausência de risos me lembra você

E os dias começam silenciosos demais

E terminam escondidos entre folhas rabiscadas sem som nem cor

Na estante me sobra um único instante seu

Estático... Que não vai embora

E vive a sorrir como a primeira vez

Pedro Hermes
Enviado por Pedro Hermes em 23/10/2011
Código do texto: T3294325
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