Clarim

O horizonte não é mais o mesmo...

Não existe mais a janela.

O trem que ia rumo ao nada,

Perdeu-se numa manhã tão bela.

Como se perderam meus sonhos do passado,

Como se perderam os meus amores

Como se perderam o perfume a s lindas flores

O berço que minha mãe balançava,

Deve ter virado alimento de cupim...

É impressionante como minhas alegrias,

Têm chegado todas ao fim...

E o que me resta...

Vagas lembranças, apagadas pela borracha do tempo...

E o que me resta... é nesses cantos expressar todo o meu lamento.

Casa da Santos Dumont 123, a casa onde eu nasci...

Meu avô está dormindo sozinho...

Meu irmãozinho está chorando chamando por mim...

Mas não posso atendê-lo...

Tudo isso é um sonho... ou será um pesadelo?

Não sei, mas não consigo encarar-me no espelho.

Casa da Santos Dumont 123, a casa onde quero morrer,

Olhando o horizonte...

Vendo tudo longe, desaparecer...

Mr Doug
Enviado por Mr Doug em 09/01/2007
Reeditado em 18/09/2009
Código do texto: T340870
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