Dezenove anos sem Daniella Perez

Dany, como você mesma escreveu: “Sabe, acho que como ninguém pode ver o fim do arco-íris, temos mais é que imaginá-lo”. (1986)

E eu imagino!

Como te penso tanto, e tento enxergar o teu rosto além do arco-íris.

Com as mãos rabisco uma história que você não pôde escrever.

Imagino as músicas que você deveria dançar,

As personagens que ganhariam vida ao som do seu sorriso e do seu caminhar...

Imagino a sua casa cheia de crianças.

Algumas te chamariam de “mamãe”. Outras de “tia”...

E vejo essas mesmas crianças crescendo... Escolhendo o curso superior! Posso até vê-la com o rosto preocupado: _ “Será essa a escolha melhor?”.

Imagino um bolo cheio de velinhas com todos os “parabéns” que precisaram se calar...

Todos os braços que ficaram sem o teu abraço...

Todas as palavras vazias, enlaçando narrativas que ficaram à margem de você.

E a cada movimento deste além do arco-íris, rabisco páginas de uma vida que imaginei...

De risos, alegrias, decepções, desafios, conquistas...

Uma vida em que o verbo “VIVER” pôde ser conjugado até o “futuro do presente”...

E nesta altura, as marcas do tempo abraçariam você, assim, como deveria ser.

Danielle Faria
Enviado por Danielle Faria em 01/01/2012
Reeditado em 01/01/2012
Código do texto: T3417261
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