SAUDADES

A tarde morre

lentamente

despida de folhas

e

de pássaros

Enquanto

a

minha vida

se dilui

pouco a pouco

num naco

de gente

É hora de rezar

aos quatro

cantos do meu sangue

uma oração

de força

e de coragem

e anunciar

a minha vontade

feita de viver

ou

a minha

imensa saudade

feita de morrer

Luiza Caetano