Janelas
Quantos olhos mudos
Nas janelas...
Palavras cegas
No espelho...
Refletindo o silêncio
De um outono
Em meio às folhas secas
E a saudade incessante
De quem abraça a distância...
Janelas inocentes
De dezembro a dezembro
E eu nela...
Olhos mórbidos e molhados
Embriagado e me pergunto:
Quando vais voltar?
Tinga das Gerais