INFÂNCIA SOLTA E PRÁTICA
Peguei carona no trem
Lá na velha estação
E ele desembestou-se
Correndo feito um ladrão
Foi um problema saltar
Sem cair, sem se arranhar
Ah, meu Deus que aflição
Ser menino é ter prazer
Nessas coisas sem juízo
Viver dando telequete
E não dá valor preciso
Ao que forma o futuro
Literalmente ser duro
Sem se furtar do sorriso
Vou ruminando na mente
Essas artes da memória
Viver descomprometido
Criando a própria estória
Dá salto solto no rio
Sorrir na chuva, no estio,
E gabar-se de vanglória
Não vou querer rebuscar
A vida em arte temática
Eu só sei que não gostei
Da terrível matemática
Porém comunicação
Foi o meu diapasão
Na infância solta e prática