Se as pedras um dia se encontram...

Um dia, eu a encontrei perdida, no meio da solidão.

Chorando, sofrida, sozinha, no meio da multidão.

Assim mesmo, ela tocou suavemente o meu coração.

Pegou a minha mão e me seguiu, no meu caminho.

Eu sequei todas as lágrimas do seu rostinho.

Nascendo em mim a esperança de não ser mais sozinho.

Dia a dia, começamos assim uma vida de amantes.

Juramos ser um do outro, parceiros, confidentes.

E assim caminhamos por uma vida, pacientemente.

O sol e a lua, a noite e o dia,

foram testemunhas de um grande amor.

Os pássaros e o vento,

nada era mais lindo do que os nossos momentos.

A felicidade, a harmonia, e o sorriso constante.

Éramos um do outro, o verdadeiro amante.

Eu me entreguei, me declarei por ela, apaixonado,

só queria viver simplesmente ao seu lado.

Não liguei pra nada, não cobrei, nem pedi justificação.

Bastava-me a imensa felicidade no meu coração.

Mas ela foi embora e eu fiquei só.

Ela simplesmente abdicou do meu amor.

Ela me trocou, preferiu viver e sentir a dor.

Mas o meu amor por ela,

ainda teima e persiste dentro do meu peito.

Eu sonho com ela, eu a espero, ainda a quero tanto.

Nem ligo pra solidão na nossa cama, nosso leito.

Ignoro a minha saudade e o meu pranto.

A esperança que carrego comigo, vai muito mais além.

Pois eu tenho comigo a certeza,

se até as pedras um dia se encontram.

Meu grande amor!

Eu vou te encontrar de novo, também!

Vou sim!

Manaus, 18 de janeiro de 2012.

Marcos Antonio Costa da Silva