Data errada

Ossos secos na terra em que nada cresce.

O frio, a ventania, tudo os empalhece.

Já se foi o tempo onde tudo era vivo,

suas cores, seus modos de vida.

Mas nada se aproveitou, o tudo se fez

e tudo se acabou. Nada mais restou?

Agora a zomba do tempo é mais forte

e vem à tona saudades do verão.

Não se pode fazer tudo igual,

achar que as reações serão iguais.

Só desejam esquecer o verão,

nada a se lembrar deste passado, que passou?

Velhos poetas, tragam a luz?

Pois o candelário destes pobres se apagou.

Tragam também outro calor, outro verão,

para novamente se perderem.

Eduardo D
Enviado por Eduardo D em 20/02/2012
Código do texto: T3510365
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