Nunca, jamais!

Quantos outonos e primaveras vivi

Vendo passar pessoas apressadas,

Sem saber nada de mim nem de ti?...

Só ouvindo do relógio as badaladas...

Foram tão longos e frios os invernos,

Tantas primaveras de saudade...

Poesias rabiscadas em cadernos...

Testemunhando uma triste realidade...

Que o coração esqueceu de pulsar,

O sorriso ficou em algum lugar...

Sem querer... começou a chorar...

E o amor viu sua imensa luz apagar.

A música já não era mais tão bela...

No céu... estrelas não brilhavam mais.

Nem o sol queria entrar pela janela...

Tudo se resumia no nunca, jamais!

Nunca mais nós dois... a felicidade,

Nunca mais fantasias ou ilusões...

Só restou a nua e cruenta realidade...

Pisando sem dó... nossos corações!

Mary Trujillo

17.04.2011

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Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 28/03/2012
Código do texto: T3581901
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