Não queria dizer adeus

Ah! Como não queria dizer adeus!

Mas as vezes é preciso, se não houvesse adeus

De que serviriam as lágrimas, a saudade,

As lembranças e as recordações?

De que serviriam os sonhos?

Ah! O adeus, sempre triste mas sempre presente

Como se se fizesse necessidade da própria vida.

Adeus. tão difícil de dizer e tão fácil de sentir,

Deixa aquela dor doida que fica sempre.

Deixa aquela solidão que não se perde da gente

Como constante presença em qualquer lugar

E em todos os momentos.

Como o adeus fica dentro da gente!

Mentindo, gritando que é saudade,

Chamando lágrimas, chamando angustias.

Passeando comodamente no pensamento

Como se fosse dono da verdade e da razão.

Como a gente sente o adeus!

E nunca se pode dizer se ele é maior

Em quem fica ou quem parte.

Porque o adeus não é apenas uma palavra?

Porque o adeus se faz de tanato?

De distância, de saudade, de dor, de lágrimas,

Se faz até de um vazio tomando conta da gente

Como se um aceno de fosse um grito da alma.

Tomara que para nós seja apenas uma palavra

Que se diz... apenas por dizer

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 06/04/2012
Código do texto: T3598341