A FUGA E O ENCONTRO
 
Se a fuga é assim tão bela,
Por que o encontro?
Se fugir é assim poético,

Por que o reencontro?
Andarei rumos floridos,

Confidenciando às rosas
Os teus caminhos idos,
Sejam eles nas planícies,
Sejam eles quase abismos.
Aconselham-me os cravos,

Também o cheiro dos jasmins,
Namoro todas as orquídeas,
Beijando as flores dos jardins.
Enquanto a liberdade desejar a fuga,

Ver-te-ei nos canteiros dessas flores,
A poesia será sempre os teus gestos,
Vivos aromas desses teus amores.