Flor, Fogo, Vertigem e Mistério

Beijo que flor me deste, que flor deixaste para mim?

Onde está meu nome? Em que vento guardaste teu

Espírito? Em que espírito guardaste meu coração?

Voo a cada dia te procurando, voando distâncias

cruzando destinos, trilhando caminhos que só me

encaminham a você.

Em cada beijo, cheiro, perfume exalado, todos quaisquer

que fosse a rosa que minha boca tocasse, todas me

faziam lembrar do teu doce mel, suspiro que me

levava ao céu.

Vertigem dos meus olhos, paladar da

minha boca é por você que deleito-me, perco-me e

descubro-me. Sem ti não a razão, não há presença,

sem tua essência nada se faz real, verdadeiro, tudo

perde o sentido...

Meus voos tornam-se vazios, perco as assas, ajoelho-me,

regozijo-me aos teus pés, contemplando o véu que sobre

mim se faz. É chuva, transbordo do coração que embaça

escurece minha visão, míope sensação de te ver partir

por campos longínquos que não mais me pertencem,

que não mais posso seguir.

Outrora tu eras minha fada, minha menina, outrora tu eras

minha estrela mais linda, a flor que fazia minha vida brotar a

cada dia no jardim da existência.

Hoje tu és do tempo, do vento, apenas marcas da saudade de

quando viajava em minhas asas abraçada, aconchegada, entrelaçada.

Sem asas, sem voo, sem destino, perco-me no encanto de

outras borboletas, em campos de flores vazias sem mistérios

nem fantasias.

Não adianta, é teu os meus abraços, é por ti minha insensatez

é por ti, para ti meu amor, o doce do gosto que em mim ficou

e não à de sair, pois, és tatuagem marcada a ferro e fogo, es

brasa ainda viva que por mais fraca que seja ainda me faz

Flutuar e viajar na embriaguez da saudade.

Arthur Luz
Enviado por Arthur Luz em 11/05/2012
Reeditado em 02/06/2012
Código do texto: T3662863
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