Sombras

Qual pássaro fugitivo,

em voo errante,

vivo desnorteada.

Prendo imagens ao pensamento.

Persistem as sombras, muitas delas.

Ao meu redor, um imenso vazio.

Provocam-me tremores

tantas ausências.

Tento afastar da minha saudade

todas as canções do que não foi.

Presa às lembranças,

seguro imagens, sombras.

Avalio perdas, silêncios...

Degladiando com as dores,

purifico-me, cresço, evoluo.

Faz-se imperativo afastar de mim

a revolta e todo o amargor.

Quem sabe, assim,

eu possa eliminar,

da minha vida,

as sombras nefastas,

o não ter, perto de mim,

presenças tão queridas

e a tristeza das horas.

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Lou Correia
Enviado por Lou Correia em 19/07/2012
Código do texto: T3786311
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