SUBLIMES REFLEXÕES

Clara da Costa

No vagaroso arrastar do tempo,

a insônia transforma a madrugada fria e sorrateira em verso,

em sublimes reflexões que ecoam ao vento

que espreita a janela.

Sinto que a última ferida ainda não cicatrizou

quando remexo antigas fotografias

tentando vasculhar na memória esse amor que não passou

nem a magia que foram nossos momentos.

Voam pássaros sobre meus pensamentos,

vou ao limite da minha imaginação

fico como pétalas sem rumo aos ventos

em meio ao passado retratado à minha frente.

Fecho os olhos,

o coração balança sem ar,

vejo-me mergulhando o rosto no teu peito

perdendo-me no segredo do teu olhar.

A saudade sorri,

o sono lentamente me abraça,

sonho com aquele olhar terno e belo...

belo como um poema de amor.

www.saiadotom.com

Clara da Costa
Enviado por Clara da Costa em 19/07/2012
Código do texto: T3787191