SAUDADES DO MAR

SAUDADES DO MAR

Há tempos não vejo o mar

Não vejo seu balanço

Em suas ondas não avanço

Nele não vou mergulhar

Sinto falta da água salgada

Do pisar na areia molhada

Em suas ondas surfar

Um pouco mais fundo nadar

Sinto falta do banho sem sabonete

Das ondas a deslizar

Do som em falsete

De seu arrebentar

Sentar na areia molhada

Pegar uma concha desavisada

Fazer castelo

Mantê-lo em pé, um duelo

Secar ao sol

Esse grande farol

Voltar a molhar

Sentir o corpo arrepiar

Admirar o poente

Ir embora contente

De alma lavada

Pela água salgada

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 24/07/2012
Código do texto: T3794173
Classificação de conteúdo: seguro