SAUDADES DO MAR
SAUDADES DO MAR
Há tempos não vejo o mar
Não vejo seu balanço
Em suas ondas não avanço
Nele não vou mergulhar
Sinto falta da água salgada
Do pisar na areia molhada
Em suas ondas surfar
Um pouco mais fundo nadar
Sinto falta do banho sem sabonete
Das ondas a deslizar
Do som em falsete
De seu arrebentar
Sentar na areia molhada
Pegar uma concha desavisada
Fazer castelo
Mantê-lo em pé, um duelo
Secar ao sol
Esse grande farol
Voltar a molhar
Sentir o corpo arrepiar
Admirar o poente
Ir embora contente
De alma lavada
Pela água salgada