À BELÉM, AMÉM!

E eu me deixo no silêncio,

A espera de saudades em seu coração.

Foram horas além da conta,

Nos trouxeram momentos mágicos.

Um estar feliz sem muitas palavras.

Os sorrisos raros outrora,

Hoje estão conjuntamente nos rostos.

A intimidade da cama conjunta

E os detalhes do viver sem ti, ignorados

Agora te conhecendo pouco a pouco.

Compartilhando valores e pesos,

Andanças por lugares que ninguém vai.

O duo caminhar diário sem exceção,

Sem faltar a cerveja para refrescar,

A caipirinha amiga para acompanhar.

O peixe frito diário, o açaí e a farofa.

As igrejas de minha fé.

A História de seu labor,

O povo simples do Ver-o-peso.

O povo chique da Estação das Docas.

Os rios como se fosse mar,

Os barcos, grandes ou pequenos,

Divertindo ou assustando.

Mas nos levando sempre juntos.

A Praça da República de nossa janela,

E o amanhecer encantador,

Com o sol brilhando fortemente,

Anunciando o imenso calor a enfrentar.

Olhares no mesmo sentido,

Pensamentos insuspeitos um do outro

Custariam caro me/te revelar?

Pagaria o que fosse para eu/tu os descobrir.

Qual a beleza que mais me/te encanta?

O que me/te importa aqui?

O conhecer encantador?

A contemplação pura e simples?

Os sonhos antigos de formas diferentes?

Ou a simples companhia um do outro?

Não quero saber as respostas.

O passado agora são lembranças boas.

Você estava lá comigo, é o que importa.

Isso me basta!

Irene Freitas

05/08/2012

irenefreitas
Enviado por irenefreitas em 05/08/2012
Reeditado em 05/04/2013
Código do texto: T3814958
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