Pecado (saudade)

Pe(s)car

Nossa saudade não compreende o espaço

em que nos encontramos agora

tu me querias levar, pelas águas

para ficar perto de ti

havíamos combinado. Teu ciúme

transformou minha liberdade:

Tenho ainda mais desespero em voar

se não me engano, estás intermediando

aquilo que houve de breve entre

eternidade e clausura;

como uma carta aberta em abrupta

complacência.

Roubei a carência de outros homens

para construir um trono,

sugar o leito da impossibilidade:

Nós perdidos dentre as vaidades

tentando preencher as horas que

não nos cabe mais, tu morreste,

herdei o encontro a qualquer hora e a dúvida

Quem me garante que foi real?

Porque inexiste data e espaço

no deserto da saudade adiantada

desde que nos vimos a primeira vez,

Não importa quantas humanidades existam

os olhos diferentes sempre se reconhecerão.

a gente só vai perdendo a coragem

de encarar, de fato

aqueles que permanecerão.

Shauara David
Enviado por Shauara David em 18/09/2012
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