MEU HOMEM...

Graça da Praia das Flechas

Meu doce marinheiro do Amor
Em qual de seus portos você agora parou
Pois perdeu-se de mim na madrugada passada
Deixando sua sereia sentindo-se tão mal amada...
Chorando na pedra, à sua espera fiquei
Mas o marujo não veio
Mais uma vez eu pensei tê-lo perdido, meu rei...
Mergulhei sozinha
Para a segurança de meu abrigo.
Marinheiro querido
Em minha gruta tanto tempo a lhe esconder
Que agora ela só quer saber de guardar você.
Não teime com seu coração
Pois isso só lhe deixa em aflição
Pois sabe que em meu porto seguro
Sua âncora fundeada está
Jamais poderá mudá-la do lugar...
Sou a Sereia da paixão por você tão buscada
Na praia de meu amor
Dei-lhe o mel da Sereia encantada
Retirei-o do deserto onde se achava encalhado
Entranhado em areias tão imundas
Que nem sabia mais
Para que lado ficava o real mundo...
Mas, a Sereia Doirada, que asas também tem
Alçou voo pelas terras do Ninguém...
E lá enxergou aquele lindo homem de olhar perdido
Procurando achar um lugar no infinito
Atirei-me de cabeça em seu fundo
Retirei-o com meu amor
Daquele abismo profundo...
Espero seu retorno
Nas ondas límpidas de meu Mar
Onde voltará com certeza à navegar
Mastro em riste, cheio de apetite
Em minhas águas com tesão à desaguar ...





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