Saudade
Saudade dói, não há porque esconder
Pois quem a causa está distante
Mas se aperta, sinto que vou morrer
Consolo é poder olhar o seu retrato
Devaneios que me tiram do presente
Neste jardim das delícias oculto o fato
Maldade é a volta ficar na promessa
Fria, Insensível, cheia de manha
Adia a chegada, adia e não tem pressa
Saudade se alimenta de veneno
De crueldade, é insensível ao sofrimento
E nada faz por um clima mais ameno.