Criança.
Sou o movimento do mundo,
Onde o sorriso não se esconde,
E é generoso e profundo,
Em sua claridade perfeita,
Essa alegria para a colheita,
Esse abraço,sem cicatrizes,
Apesar dos tombos de bicicleta,
Foi assim a minha infância,
E suas auroras secretas
Suas boas lembranças,
Para as minhas andanças,
Sempre os bosques da criança,
Onde ainda tocam os sinos da saudade,
Despertando felicidade,
Porque nada apaga,
Essa ausência de chagas,
De rugas,
Essa não necessidade de fugas,
Quisera durasse essa brincadeira,
A minha vida inteira.
Ir dormir,
Deixando a vida seguir,
Rodando o pião
Ainda cheio de animação,
Me recusando ao abandono,
E acordar pela manhã,
Ainda tonto de sono.