Passa...

E quando a gente se procura

Um do lado do outro

E nao se vê, não se acha

Encontra o vácuo... E o lençol ainda dobrado

E cada um num lado... Que oposto não é

Distante se fizer

O acaso amigo for...

Te tropeçar e te pôr no meu armário

Como um achado... Nunca esperado

Feito um poema rabiscado

Eu... Já de peito desolado...

Triste feito vilão em fim de filme

Esmorecido pela fé de mim arrancada

Te veria onde sempre esteve...

Numa memória bonita e só nossa

Que me dói por ser memória...

E pelo acaso não ter memória

Antes velha e caduca, mas nem isso

Nem o tempo meu peito educa e aquieta

E meu amor é tua revolta...

Que de tão amada não sabia ser feliz

Encostou meu amor numa porta qualquer...

E ninguém passa...

Antes breve e se der...

Passa aqui...

Pedro Hermes
Enviado por Pedro Hermes em 05/11/2012
Código do texto: T3970683
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