Saudade?
Eu tenho saudade
e essa saudade não tem nome.
Se ontem me consome,
agora é esperança.
Se era tempestade,
hoje, de verdade, é bonança.
Eu tenho saudade
do beijo sumido,
que agora sentido
é mais saboroso.
E o abraço em vão?
Que nada!
O meu coração ardoroso
recebe-o então.
Tenho saudade de tudo.
E esse choro mudo
não mais corrói,
não destrói.
Esse sentimento que chamo
da falta de quem amo
nem saudade é mais.
Parece outra coisa.
Parece paz.