Ah, minha mãe...
Mãe!
Quanta falta me fazes...
Até as broncas, que eram muitas
Não as tenho mais...
Meus bons e maus momentos
Contigo eram compartilhados
E lá vinham palavras de alento...
Minha labuta diária
Eu também as dividia
Mas quis Deus te levar
Naquele dia.
Muita coisa deixei de dizer...
Poucas coisas te ofertei
E sempre tive tanto
A tempo, e à hora.
Estive em ti, por nove meses
E, por anos, a ti sempre retornei
Cobraste-me, tão somente e no entanto
Dignidade, juízo, decência...
Amor incondicional pela família
E com os filhos, paciência.
Levarei para a vida tuas lições,
Mãe assim, todos querem por perto
Mulher sábia, decente, forte
Transparente em emoções
Sem reclamar da própria sorte.
Hei de ensinar também aos filhos
O respeito, caridade e valor
Como sempre ensinaste aos teus
Com energia, fé e infinito amor.
13/12/2009