O Porvir

Um dia quis ser gente.

Sonhei que poderia vir a ser,

um dia me tornei.

Hoje quero voltar,

quero (re)tornar, sonhar e apenas querer de novo

o que não deveria ter me transformado jamais.

Hoje sou grande demais,

trancada no cais da liberdade

de VIR A SER o que quis tanto.

Mas é pranto, é pranto...

Presa à vaidade de desejar ser melhor,

Sendo nada novamente.

Natália Camargo Dutra
Enviado por Natália Camargo Dutra em 21/12/2012
Código do texto: T4047709
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