Chuvas...

Chuvas

Queria falar sobre a chuva caindo,

Molhando as vidraças da minha ilusão.

Queria falar da solidão da chuva,

da imensidão da chuva que cai.

É noite escura, é noite de dor.

É chuva é amor.

Sinto sede enquanto a chuva cai

Sede de você, de entender você, de querer você.

Sede de saber, sede de dizer!

Sede de gritar, sede de amar enquanto mar.

Queria falar da chuva.

Da chuva da saudade que invade o peito.

Da chuva dos teus olhos, botão em flor se abrindo.

Da chuva do teu coração, do amor e o perdão.

Dos sonhos que se perderam na esquina.

Queria falar da chuva, da chuva fina.

Queria falar sobre tantas chuvas que molharam meu jardim um dia.

Que fez nascer à esperança.

Que fez nascer à vida.

Queria falar da que molhou minha lua, sem nada dizer!

Da que partiu da que ficou regando meus pensamentos.

Da rosa que se despetalou.

Do homem que a mulher calou de tanto querer.

Queria falar da que deixou teus cabelos em desalinhos

Dando-te gotículas de amor!

Em sonhos sem nada dizer.

Queria esquecer!

Mas, chuva cai lavando minha alma,

Saudade desprende do corpo inundando jardins já esquecidos.

A minha chuva.

A tua chuva.

Momentos enternecidos

Saudades!

Saudades...

Amores não vividos.

Corações entrelaçados, quebrados divididos.

Sonhos chuvas que vão.

Enxurradas amores perdidos.

Amantino Silva 24/10/2011