Uma, entre as minhas grandes saudades!... É a que sinto pelo meu pai.
Olhando esta foto então! Nossa!... Saudades sem fim, meu pai..
.

Nossa casa... Quantos sonhos!...
Eu sonhei de dentro dela!...
Hoje eu sonho, viajando ,
No passado onde estivemos:
Quando, antes, eu sonhara,
Sem colocar sua ausência
No "hoje", sentada olhando!...
Porém, da mesma janela.
Aí, bate uma tristeza,
Imaginando você, meu pai:
Lendo os livros que escrevi;
Vendo crescer os meus filhos;
E chamando-os de meus netos;
Sentado, do mesmo jeito...
Lendo, de pernas cruzadas,
Ou fumando seu cachimbo!
Ou ainda, respondendo,
Com um dos sorrisos mais belos!
O sorriso que eu lhe dera.
Dói demais, saber que não,
Que não mais poderei ver,
Seu semblante revelando
O sorriso mais bonito
Naquele olhar tão sincero.
E posso até ter escrito, meu pai,
Poemas muito bonitos
Falando desta saudade,
Mas eu gostaria, mesmo,
É de trocar, se pudesse,
Tudo que já escrevi,
Pra ter você aqui perto.


(Gente, o poema acima, eu escrevi aqui mesmo no "RL", puro desbafo sobre esta saudade,  foi assim... De repente. Acabei, sem pretenção, escrevendo outro poema.

Desclpem-me, se alonguei tanto o texto.



****************************************************


SE TEM NOME DE SAUDADE!...
 
 

Se tem nome de saudade!...
É porque foi importante;
É porque deixou na gente...
Momentos muito marcantes;
É porque querendo, ou não, 
Neste alguém ainda pensamos;
Pensamos mesmo querendo,
Nele nunca mais pensarmos;
Pensamos com muito amor
E com todos os cuidados...
Querendo mais que o "querer"
De expulsar esta saudade.
E por que não conseguimos?
Porque o amor fala mais alto 
Na cavidade do peito...
No coração, alojado!
Deve ficar entranhada...
Correndo junto com o sangue
Nas famosas coronárias,
E respondendo em silêncio,
Que não pediu pra nascer:
Só chegou para ficar
E ocupar o lugar
Onde um dia, com carinho,
Abrimos o coração
E hospedamos pessoas
Pra nunca mais expulsá-las.
Por isso nasci poetisa!...
Para falar de saudades!...
Para expor sentimentos,
Meus e de todos que amarem
Porque, duvido, que alguém!
Tendo amado, não conduza,
Dentro de si, os resíduos,
Denominados... Saudade.
 
Poetisa Inês Nery
Enviado por Poetisa Inês Nery em 30/01/2013
Reeditado em 02/09/2013
Código do texto: T4114435
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.