Enigmas

Às teclas, no aqui, mas noutro lugar

Plena consciência, não mais ausente

Nua veracidade, mais que pungente...

Falta... essa elipse de um “ver”, ou,

A ver, sem nem ao menos esperar

Na tela, nela, num de repente “estar”...

É uma saudade, um cingir-se às finitudes

Um frequente e (im)possível “não - estar”

São arroubos; na essência, um afagar...

São só mãos que jamais se tocam

Do tátil, às peles, apenas se deslocam

A qualquer hora, num nunca se encontrar...

Um quase lá, no quase cá; um talvez

É “um invés”, no preterir do “dessa vez”

Um quando, e se, num vai – e nunca vem...

Lestos enigmas a serem desvendados

Num se, e quando, e talvez pudessem sê-los...

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 05/02/2013
Reeditado em 05/02/2013
Código do texto: T4124635
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