Enigmas
Às teclas, no aqui, mas noutro lugar
Plena consciência, não mais ausente
Nua veracidade, mais que pungente...
Falta... essa elipse de um “ver”, ou,
A ver, sem nem ao menos esperar
Na tela, nela, num de repente “estar”...
É uma saudade, um cingir-se às finitudes
Um frequente e (im)possível “não - estar”
São arroubos; na essência, um afagar...
São só mãos que jamais se tocam
Do tátil, às peles, apenas se deslocam
A qualquer hora, num nunca se encontrar...
Um quase lá, no quase cá; um talvez
É “um invés”, no preterir do “dessa vez”
Um quando, e se, num vai – e nunca vem...
Lestos enigmas a serem desvendados
Num se, e quando, e talvez pudessem sê-los...