Meu exilio (Exilio Pantaneiro)
Meu grito! Não ouço das matas, dos bosques e campos.
Meu grito ressoa cinzento em paredes de pedras
Um brado solista em forma de pranto
Em meio às histórias de prosa e segredo
Ecoam nas rimas desse meu canto.
Mesmo distante em plagas morenas
Lanço meu canto a contar meu degredo
Se repisarei na areia pantaneira
Um dia não sei quem sabe o destino me leve
Me leve de volta ao lugar derradeiro
Meus bois e peões mais lá não estão
Por certo exilaram a outros destinos
Deixando seus rastros na estrada da vida
Batida de cascos de bois e heróis
Caminho que um dia chorei a partida
Meu grito ressoa dos bosques de pedras
Ecoa em defeso das matas e campos
Um choro saudoso no exilo distante
Saudade da terra que é fonte de vida
E jorra da vida de seus habitantes.