Saudade de um tempo!

Ai... como eu sinto a saudade
De meus bons tempos de outrora.
De minha pacata cidade
Que viu-me crescer e ir embora.

Dos campos onde eu corria
Despreocupada, brincando!
E a toda hora eu ouvia
Meu velho pai me chamando!

“Menina! Venha pra casa
Não fique pulando na rua!”
E eu, como pássaro com asa
Queria voar até a Lua!

Sinto até hoje o instante
Em que de repente eu cresci.
Guardo aqui em meu semblante
As marcas do que eu vivi.


Os amigos que eu tinha
Nem sei mais dizer seu nome!
Quando a dor se avizinha
A gente só lembra da fome!

Da fome de conhecer
Da sede de se encontrar!
De conseguir sobreviver
Aqui ou em qualquer lugar.

Marcas de um passado, onde
Me parece outra pessoa!
E o sentimento se esconde
Pois se sair, fere e magoa!

Vou vivendo... vou levando
A vida como puder...
Não sei dizer até quando!
Até quando Deus quiser!?


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