A Poetisa Leda Maciel se despede da vida, entre os acordes do Violão tocado por Américo Pita, embalada pela voz do Tenor Pedro Grilo que cantou tudo que lhe foi pedido. As vozes da SPVA-RN: Sociedade dos Poetas Vivos e Afins declamaram suas poesias na noite de ontem em sua residência...Fomos recebidos Por Leda Maciel como sempre fazíamos dois sábados por mês, à poetisa pediu que fosse cantada as musicas que fizeram pulsar seu coração de mulher apaixonada pela vida,
Assim como desejou ouvir seus muitos poemas, nas vozes dos poetas, envolta de seu leito. Ontem ao deixarmos sua residência sabíamos todos nós, que aquele seria o último Sarau. A poetisa foi a óbito neste domingo as 11 hs, uma manhã ensolarada
Onde os pássaros carregaram as fitas enlaçadas em suas poesias traçando o rumo de sua caminhada para a eternidade. Até breve novamente, onde o próximo sarau serão versos de saudade...


O ÚTIMO SARAU...


Não apagará da minha lembrança
A flor que ora murcha a vida
Pra brotar na morte a esperança
Da poesia HOJE por mim lida...

A voz sufocada na garganta
Por uma rima combalida
No lábio ferido que a morte estanca
Em vida, uma estrela tão querida!

Poemas e os poetas e um violão,
Esmaece o corpo frágil em contrição
No pranto que banha a dita emoção
Dum adeus que ouve a antiga canção.

Que embriagou os nossos sentidos
Num bolero mais que perfeito
Desvirginando a noite entre queridos
Na serenata que alourou ninando o feito.

Leda Maciel não será esquecida!
Seu brilho ofuscara outras estrelas
E a lua matizará envaidecida
Os seus versos em outras telas.

As dores transmutadas em Lírios
Nos bacios de nossas vidas
Olorando de poesias prados e rios
Nas partituras de suas melodias...

Ouvindo áreas em alaúdes as passaradas
Que revolverão um passado tão presente
Esmaecendo no corpo da noite estrelada
No ultimo sarau que nos ofereceste!

Leda Maciel, se possível for voltar,
Sejas tu, parida pelo ventre da poesia
Que batizou seus sonhos e seu cantar.
Encante acordando a saudade boemia.

Ouvindo do Pedro Grilo tenor, seus versos,
No violão de Américo Pita as suas poesias
Na voz do vento a vida, seguira seus exemplos
Espargindo na lida, corais cantados em elegias.

“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
Cônsul Poeta del Mundo
SPVA-RN: Sociedade dos Poetas vivos e Afins do RN







Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 25/03/2007
Código do texto: T425530