ANJO ANTIGO*

Eu que era filho de inocência pura,

Como flor sensível à luz do sol que queima

Mergulhei no desconhecido e tornei-me eu,

Em busca débil de tornar-me infinito.

De grito em grito colhi flores.

Colhi-me em mim mesmo.

Embelezei o turvo do desconhecido.

Iluminei-me em certezas e desejos.

Bastei-me de ser o que não era...

Minha quimera exaurida em dúvidas.

Anjo puro. guardião de verdades sãs.

Completei-me de buscas em quimeras,

Tais quais verdades crentes, lúcidas

Em verdades cruas, elucidativas, pagãs.

Em 2005

*publicada nos Cadernos Canoenses em Novembro de 2006. CANOAS - RS (revisada pelo poeta Canoense Canabarro Tróis Filho)